"Grandes coisas fez o Senhor por nós, por isso estamos cheios de alegria"
( Sl 126:03)

segunda-feira, 24 de maio de 2010

A reprodução dos cães


Acasalamento e prenhez:

Acasalamento - A receptividade da fêmea ao macho ocorre no período do cio em que acontece a ovulação. Isso pode ser verificado pelo dono , atravez da observação das seguintes reações da cadela:
- coloca a cauda entre as pernas e procura sentar-se demonstrando uma atitude agressiva. Neste caso , ela ainda não está pronta para o acasalamento.
-posiciona a cauda para o lado mostrando uma elevação da vulva , isso significa que ela está pronta para o acasalamento.
A fêmea está em idade apropriada para o acasalamento a partir do terceiro cio . Num ciclo regular acontecerá a partir dos 18 meses , pois:
-num ciclo regular o primeiro cio acontece entre 8 e 12 meses
-o segundo entre 15 e 18 meses
- o terceiro entre 18 e 21 meses.
O tempo normal de duração do cio da cadela é de 12 a 21 dias. O período fértil está entre o décimo e o décimo quinto dia a partir do primeiro dia de sangramento . O coito fora desse período poderá ser ineficaz para fins de reprodução.
Normalmente uma cadela apresenta 2 cios por ano . Ela deverá procriar apenas uma vez e ter um descanso intermediário , entre as gestações. Isso representa 5 ou 6 gestações em sua vida reprodutora.
Se o dono não estiver atento e permitir acasalamentos e gestações consecutivas , as crias provavelmente serão fracas , podendo sucumbir em pouco tempo , e a cadela não se recuperar , permanecendo enfraquecida para a próxima gestação.
Pessoas inescrupulosas procriam suas cadelas cio após cio , esgotando-as , a fim de ganhar dinheiro com suas crias.
A fêmea permanece , como boa reprodutora , até os 8 anos de idade, aproximadamente.
o macho pode ser usado como reprodutor a partir do vigésimo mês de idade. Embora alguns cães estejam habilitados a fecundar a fêmea a partir do oitavo mês , o acasalamento nesta fase não é recomendado , pois pode prejudicar o desenvolvimento do mesmo.
Se começar na época certa , um cão mostra-se bom reprodutor até 9 - 10 anos de idade , conforme a raça.

Prenhez-A gestação se inicia logo após a fecundação, ocorrida no acasalamento , e pode durar de 54 a 72 dias.Durante os 15 primeiros dias , a cadela saudável não requer cuidados especiais.
Contudo , alcançando o trigésimo dia de gestação, necessita de alimentação rica em proteínas com suplementação de vitaminas e sais minerais. Deve-se adiministrar 2 refeições ao dia , uma de manhã e outra de tarde.
Independentemente do tamanho , raça , recomenda-se alguns cuidados especiais com a cadela gestante , para que ela não contraia qualquer doença ,já que o tratamento resultaria em prejuízo aos fetos. A higiene da cadela e do canil precisa ser rigorosa.
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Cuide bem da saúde de seus animais tendo sempre um acompanhamento veterinário.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Brucelose canina

Vocês sabiam que nossos cães podem adquirir brucelose canina? pois é , e por não saberem muitas pessoas propagam esta doença , que pode ser transmitida ao homem , cruzando seus animais sem tomar alguns cuidados. Leiam mais sobre a doença , abaixo , e vamos combater fazendo nossa parte , pedindo exames negativos antes de cruzar nossos cães.

A Brucelose Canina é causada pela bactéria Brucella canis , porém há relatos de infecção por Brucella abortus, Brucella suis e Brucella melitens .O sexo, a estação do ano e o clima não têm influência na apresentação da doença, mas a idade sim, pois as brucelas são mais infectantes para animais jovens, ainda que possam ocorrer em outras faixas etárias.A transmissão da Brucella canis dá-se por contato direto com o microorganismo que penetra pelas mucosas. As infecções geralmente começam pela penetração das mucosas da boca e nariz (ato de cheirar e lamber), mucosas conjuntivas ou mucosas genito-urinárias pelo agente. Ocorrem infecções intra-uterinas que frequentemente levam cadelas prenhas ao aborto. Corrimentos vaginais, tecidos placentários e fetos abortados contêm grande número da bactéria . Há relatos de transmissão por meio de fômites, tais como vaginoscópios, seringas contaminadas, transfusão sangüínea e inseminação artificial.O contato direto com tecidos e corrimentos pós-parto ou pró-aborto é a maneira mais comum de infecção pelas mucosas do focinho e da boca. Os cães machos em reprodução apresentam maiores chances de infectarem-se pelo contato oronasal com as secreções vaginais de uma fêmea no cio contaminada do que propriamente pelo acasalamento embora esta também se dê e tenha bastante importância, pois esse tipo de transmissão é mais efetiva quando um macho infectado acasala com uma fêmea suscetível, pois tais machos expelem grande quantidade de Brucella canis no líquido seminal durante diversas semanas após a infecção inicial. O microorganismo localiza-se na próstata e no epidídimo do macho, portanto são expulsos pelo sêmen e pela urina de forma intermitente num período de dois anos aproximadamente ou mais.Frequentemente, essas infecções são assintomáticas . Depois que o microorganismo penetra no animal pelas membranas mucosas, ele alcança os linfonodos daquela região ou multiplicam-se dentro dos macrófagos.Depois disso ocorre uma multiplicação dos microorganismos no animal que pode durar até dois anos ou mais, se o cão não for tratado com antibióticos específicos. Embora a infecção por Brucella Canis seja sistêmica, os cães infectados não terão uma doença sistêmica ou generalizada.

Sinais Clínicos:Nos cães adultos, a infecção não promove alterações clínicas evidentes, entretanto os principais sinais clínicos da brucelose canina se associam com o trato reprodutor.Nas fêmeas ocorre aborto depois de 45-55 dias de gestação. Embora o aborto no terço final seja a forma clássica. A interrupção da gestação pode ocorrer em qualquer fase, inclusive morte embrionária precoce, responsável pela causa de infertilidade.O transtorno mais comum nos machos é a infertilidade. O exame físico revela epididimite em um ou em ambos os epidídimos, podendo ocorrer atrofia testicular e dermatite escrotal. O sêmen dos machos afetados geralmente contém grande número de espermatozóides anormais (80-90%) e células da inflamação, especialmente durante os 3 primeiros meses posteriores a infecção. Os machos cronicamente enfermos podem apresentar azospermia (ausência de espermatozóides). As principais alterações na morfologia espermática são: espermatozóides imaturos, alteração acrossomal, edema de peça intermediária, gotas citoplasmáticas, caudas dobradas, destacamento de peça intermediária e aglutinação de espermatozóides.Os sinais inespecíficos em ambos os sexos incluem: letargias, perda de libido, envelhecimento prematuro e aumento generalizado dos nódulos linfáticos.

Diagnóstico:É difícil porque os antígenos de superfície da Brucella produzem reação cruzada com os anticorpos contra outros microorganismos não patológicos comumente ligados aos cães. Portanto, faz-se sorologia utilizando, principalmente, material do exsudato vaginal, mas também pode ser feito do sangue, leite ou sêmen dos cães infectados.

Tratamento:É difícil e oneroso. Até o momento não se conhece tratamento eficaz, fazendo-se uso de antibioticoterapia, a bacteremia cessa e há declínio do nível de anticorpos circulantes, o que não significa erradicação da doença, pois se interrompendo a administração de antibióticos o animal volta a ser soropositivo.

.Profilaxia:Não existem vacinas disponíveis. A prevenção depende do exame de todos os cães antes do acasalamento, inseminação ou ingresso de outro animal no plantel e do controle sorológico com castração e isolamento de cães positivos.As fêmeas devem ser examinadas várias semanas antes do cio.Recomenda-se testar todos os animais do plantel anualmente, ou quando surgem problemas como abortamentos ou falhas reprodutivas.É importante salientar que a brucelose é uma zoonose, portanto, é preciso oferecer especial atenção aos funcionários do canil que cuidam dos animais, pois estes, além de terem o risco de se infectar podem funcionar como fontes de infecção. Assim, cuidados na manipulação dos animais e higiene rigorosa do canil devem ser aplicados.
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(Artigonal SC #1201726)