"Grandes coisas fez o Senhor por nós, por isso estamos cheios de alegria"
( Sl 126:03)

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Vacinação dos filhotes

Vacinação

Os cães estão sujeitos a um grande número de doenças que podem e devem ser prevenidas e a forma de dar essa "prova de amor" aos nossos amigos é não descuidar das vacinas. Um bom programa de vacinas deve começar pela administração: sempre procure um veterinário e não se deixe levar para conversa do vendedor que não está gabaritado para fazer indicações e mesmo que tenha prática, não deve aplicar as vacinas!

Um bom programa de vacinação vai conciliar a saúde do seu cão com as exigências sanitárias e epidemiológicas. Atualmente existe uma grande variedade de vacinas que protegem os cães de doenças específicas e até mesmo fatais e que devem ser ministradas levando-se em conta a idade do cão.

Os mais sujeitos às doenças são os filhotes, mas não se deve descuidar dos adultos, promovendo, sempre que necessário, a revacinação dos cães adultos.

COMO FUNCIONAM AS VACINAS

As vacinas estimulam a produção dos anticorpos que combatem doenças específicas e criam uma "memória" no sistema imunológico que acelera essa produção quando o organismo é de fato atacado pelo agente causador da doença.

Essa "memória" é obtida com uma "simulação" do ataque. Uma das forma é usando apenas um pedaço do microorganismo causador (vacina inativada). Outra forma, utilizada quando a virose é mais devastadora, é o uso de vírus vivos, mas alterados e que não causam a doença (vacina de vírus atenuada).

Logo após a vacinação, o organismo passa 15 dias "desenvolvendo" essa "memória imunológica". Nos cães adultos, normalmente basta uma dose para que ela permaneça ativa por um período de cerca de 1 ano. Nos filhotes, no entando, são necessárias re-aplicações (3 doses) para que a "memória" se estabeleça 100%.

VACINAS MAIS COMUNS

Os filhotes são protegidos, inicialmente, pelos anticorpos contidos no colostro da mãe, cerca de 90% dos anticorpos serão transmitidos aos filhotes nas primeiras 24 horas de vida. O filhote que mamar mais ou ninhadas pequenas são favorecidos.

Após a sexta semana é que, normalmente, começa o plano de vacinação, com a administração da primeira dose da vacina óctupla, que defende o organismo contra as seguintes doenças: Cinomose, Coronavirose, Hepatite (adenovirose I), Adenovirose II, Leptospiroses, Parvovirose e Parainfluenza. Esta vacina deve ser repetida, no filhote, mais 2 vezes, em intervalos de 30 dias.

Normalmente, junto com a última dose da vacina óctupla, é ministrada a vacina anti-rábica, cujo efeito tem duração também de aproximadamente 1 ano.

No caso de animais adultos, é usual a revacinação anual contra raiva e, juntamente com ela, a reaplicação da vacina óctupla.

Até completar todo o esquema de vacinação, é importante que não se exponha o filhote, por isso a recomendação de que este fique "de molho", em casa, até o fim das doses. Considera-se imunizado o cão somente após 15 dias da última aplicação da vacina.

Antes de vacinar seu cão tenha certeza de que ele está saudável e sem parasitas, que não esteja tomando hormônios ou antibióticos. Caso a raça de seu cão precise do corte das orelhas, procure marcar a cirurgia entre a segunda e a terceira dose da vacinas, com um espaço entre os eventos de 15 dias.

REAÇÕES À VACINA

As vacinas podem, assim como nos humanos, causas algumas reações nos cães. Algumas dessas reações "desaparecem" sozinhas:

Menor atividade, febre e dor muscular (normalmente desaparecem 1 ou 2 dias após a vacinação)

Pequeno nóldulo, erupções na pele ou queda alérgica de pêlos NO LOCAL da injeção.

Outras reações, no entanto, devem ter acompanhamento do médico veterinário.

Desenvolvimento de sintomas da doença;

Choque anafilático ou Convulsões (raríssimo)

Reações alérgicas com inchaço do focinho, cabeças e garganta.

DICAS IMPORTANTES

Não se deve acasalar parceiros sem vacinação e a fêmea não deve engravidar nos 15 dias seguintes à vacinação.

Uma ninhada de mãe não vacinada recebe menos anticorpos colostrais e por isso fica mais sensível às doenças.

Filhotes criados em locais onde há muita circulação de pessoas (que podem carregar o vírus sem saber em roupas e sapatos) ou em locais onde houve recente virose, devem receber doses adicionais da vacina mais cedo. Para isso, consulte seu veterinário para saber a antecipação adequada ao seu caso.

Locais com muitos filhotes têm maior tendência a apresentar infecções respiratórias, como a Tosse dos Canis e a Parainfluenza. Pode ser feita uma prevenção com vacinação específica aos 50 dias.

Em raças "micro" , pode-se, com acompanhamento veterinário, substituir as vacinas dadas mensalmente por aplicações quinzenais.

O ambiente é de importância fundamental. Caso tenha havido infestação no ambiente, os objetos devem ser queimados e o piso deve ser desinfetado com Cândida pura. Normalmente deve-se respeitar um período de quarentena, evitando trazer novo filhote que pode ser contaminado pelo vírus ainda no ambiente. Consulte seu veterinário para saber exatamente qual o período recomendável para a quarentena no seu caso específico.