"Grandes coisas fez o Senhor por nós, por isso estamos cheios de alegria"
( Sl 126:03)

terça-feira, 7 de junho de 2011

LEISHIMANIOSE CANINA















A Leishmaniose canina é uma doença parasitária transmitida pela picada do mosquito infectado (fêmeas da espécie Lutzomia longipalpis - também conhecido por mosquito-palha). Trata-se é uma doença sistêmica grave, de curso lento e crônico. Trata-se de uma zoonose portanto merece sua importância na saúde pública



O calazar canino, do ponto de vista epidemiológico, é considerado mais importante que a doença humana, pois além de ser mais prevalente, apresenta um grande contingente de animais infectados com parasitismo cutâneo, que servem como fonte de infecção para os insetos vetores. Estas características tornam o cão doméstico o principal reservatório do parasito. Durante epidemias o homem também pode servir como reservatório do parasito, para a infecção do inseto vetor.
Sintomas:
Perda de peso e/ou falta de apetite
Apatia e debilidade
Seborréia, feridas que não cicatrizam
Crescimento rápido das unhas
Anemia
Inchaco dos ganglios
Insuficiencia Renal
Diarreias persistentes, vomitos
Lesoes Oculares (conjuntivites)
Hemorragia nasal (epistaxe)
Ferimentos ao redor dos olhos e na pele


Vale a pena lembrar que a grande maioria dos cães, 60% são assintomáticos

Como prevenir?
Pode-se prevenir a leishmaniose através na vacina, uso de coleiras apropriadas e repelentes a base de citronela de preferência. O flebótomo , o mosquito-palha, é um inseto bem pequeno e costuma se reproduzir em locais com muita matéria orgânica em decomposição. Portanto evitar acúmulos de lixo de casa é uma maneira contribuir para a saúde do meio ambiente e ao mesmo tempo evitar a proliferação dos mosquitos. Lembre-se lugar de lixo é no lixo

Controle da Doença:
A expansão da doença canina e seu potencial zoonótico levaram, por parte das autoridades sanitárias, o direcionamento do controle para a população canina, baseado no inquérito sorológico e sacrifício dos cães positivos. Com a argumentação de que a carência econômica existente no país aumenta o contingente de humanos susceptíveis, em decorrência principalmente da desnutrição e condições inadequadas de vida, o sacrifício dos cães tem sido nas últimas 4 décadas a base de controle adotada no Brasil. Esta prática é hoje inaceitável na Europa e cada vez mais contestada pelos proprietários de cães e pela comunidade de veterinários de pequenos animais, sobretudo pelo crescente número de publicações científicas sobre o tratamento canino.

Os esforços para o controle dos vetores são direcionados, principalmente para as formas adultas dos flebótomos, pois os criadouros da maioria das espécies são ainda desconhecidos. O uso de inseticidas residuais (DDT, fosforados e piretróides sintéticos) no interior das casas e abrigos de animais é considerado eficiente para reduzir a população peridoméstica dos flebótomos e conseqüentemente a transmissão parasitária. Entretanto o efeito é temporário e exige um programa contínuo. No Brasil as ações de controle do vetor foram sempre descontínuas por diversas razões. A liberação de verbas, a alocação e contratação de mão-de-obra dependem de decisões políticas orçamentárias. Os programas que são implementados não surtem o efeito esperado e como conseqüência ocorre a reinfestação dos ambientes e reaparecimento de casos humanos e caninos de calazar. Ainda não foram relatados, no Brasil, casos de resistência aos inseticidas comumente utilizados.
A eutanásia de cães soropositivos é uma medida de controle recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), contudo a própria entidade reconhece que existem cães de grande valor afetivo, econômico e prático e por isso não podem ser indiscriminadamente destruídos. Profissionais ligados aos órgãos públicos de controle a leishmaniose visceral observam que o momento da busca do cão para eliminação é carregado de forte componente emocional, significando a determinação da “sentença de morte” para um “membro da família” dada a significância que o cão tem no ambiente familiar. Este sentimento faz com que muitos proprietários de cães não aceitem esta estratégia de controle, proporcionando alto índice de recusas, contribuindo para a manutenção da cadeia de transmissão. São necessárias, adoção de medidas alternativas que possam suprimir esta lacuna no controle, além de diminuir o ônus emocional que a mesma representa.
Entretanto, a resistência por parte dos proprietários em entregar os cães para a eutanásia, baseia-se não somente no papel que o cão assume no contexto familiar. Principalmente nos meios urbanos, estes animais executam diversas funções como: guarda, salvamento, guia de paraplégicos, prática de esportes, repressão à criminalidade e ao tráfico de drogas, além do valor cinófilo de alguns exemplares.
O conhecimento de que a doença canina não é uniformemente fatal e que alguns cães podem apresentar cura espontânea, levou a comunidade científica médico-veterinária à experimentação de tratamento dos animais. Os resultados obtidos conduziram a protocolos bem sucedidos já aplicados em alguns países. A OMS reconhece que a eutanásia dos cães infectados, na maioria dos países, se reserva cada vez mais para casos especiais, como resistência aos fármacos, recaídas repetidas ou situações epidemiológicas perigosas, pois a maioria dos veterinários preferem administrar um tratamento antileishmaniótico, acompanhando atentamente as recaídas.
Os mesmos estudos indicam que a opção pela eliminação de cães, deveria ser em escala de importância, a terceira medida adotada. Outra crítica a esta opção, é a pouca agilidade observada entre a coleta de material, realização do diagnóstico e a ação de busca de cães infectados e sua eliminação, caso fosse realizada de forma ideal, isto é, baseada em melhores técnicas diagnósticas de forma ágil, poderia resultar em algum impacto sobre a transmissão, porém apenas de forma linear. Neste contexto, os autores verificaram que o tratamento canino reflete significado semelhante ao do sacrifício no controle de leishmaniose visceral canina.
Uma medida direcionada à população canina que não pode ser esquecida é o controle de cães vadios, modestamente realizados nos centros urbanos brasileiros, que deveria ser assumida como prioridade, pois estes animais podem ser veiculadores não somente de Leishmaniose , mas também de outros agentes zoonóticos.


Tratamento:
O tratamento do calazar canino é visto, no contexto do grande avanço de qualidade da assistência veterinária. As opções de protocolos distintos conferem aos pacientes grandes possibilidades de melhora clínica e menores índices de recidivas. Entretanto, são prolongados com o tempo tornam-se caros e em alguns casos são ineficientes.
A opção pelo tratamento de um cão com calazar deve considerar parâmetros ligados à condição clínica do paciente e a participação consciente do proprietário, os quais irão determinar os critérios de tratamento e sua viabilidade. O paciente deve ser avaliado pelo médico veterinário através de detalhado exame clínico e laboratorial, que inclui a confirmação do diagnóstico sorológico, com determinação do limite da diluição positiva e da presença do parasito em amostra de pele, punção de linfonodos e de medula óssea, através de técnicas citológicas ou histológicas. Exames complementares de hemograma, testes bioquímicos de função renal e hepática e perfil eletroforético das proteínas séricas, permitirão ao clínico prognosticar e decidir sobre a indicação do tratamento. Infecções concomitantes como babesiose, erlichiose, demodicose, escabiose, hepatozoonose, criptococose e dirofilariose devem ser consideradas a fim de se estabelecer a prioridade de tratamento entre as enfermidades diagnosticadas.
Confirmada a doença e apresentando o animal condições para execução do tratamento, é de suma importância o diálogo franco com seu proprietário. O esclarecimento detalhado sobre a doença, sua condição de enfermidade crônica e incurável, a necessidade de medidas profiláticas concomitantes ao tratamento e seus custos devem ser relatados. Entre os custos, incluem-se medicamentos, serviços veterinários e exames laboratoriais realizados trimestralmente.
A opção pelo tratamento só se dará mediante a confirmação da qualidade clínica do paciente associada ao compromisso do proprietário.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Golden retriever - origem da raça


História
Tudo começou na Casa Guisachan - Primeiro lar dos Golden Retrievers
A Casa Guisachan era o lar do Lord Tweedmouth. Essa foto mostra a casa como era por volta de 1897.



Lord Tweedmouth (Sir Dudley Majoribanks) - O desenvolvedor da raça
O Golden Retriever teve origem nas terras altas da Escócia, nos últimos anos de 1800 e o responsável por seu desenvolvimento foi Dudley Marjoribanks (que depois passou a ser conhecido como Lord Tweedmouth).







Nous - A base dos Golden Retrievers
Em 1865 Lord Tweedmouth comprou “Nous” de um sapateiro, próximo a cidade de Brighton, no sul da Inglaterra. O único filhote amarelo de uma ninhada de retrievers Wavy-Coated (de pelagem ondulada) que nasceram em 1864. Esse jovem cão havia sido dado ao sapateiro como pagamento de uma dívida, tendo vindo do Lord Chichester. Marjoribanks levou esse cão consigo até Guisachan, sua propriedade na Escócia, para se juntar a sua criação de cães para esportes.




Vieram os cruzamentos
Como a maioria dos cavalheiros daquela época, Marjoribanks era muito interessado na criação de animais para consumo de qualidade, além de cães. Seu interesse nos retrievers era baseado no desejo pessoal de desenvolver uma raça retriever maravilhosa, apropriada para o clima escocês, tipo de terreno e tipo de esportes disponíveis. Em 1868 e 1871, cruzamentos de Nous com Belle, uma Tweed Water Spaniel (raça hoje extinta), resultou em vários filhotes amarelos que formaram a base da linha de retrievers amarelos.


Gerações desse cruzamento e de cruzamentos seguintes estão registradas nos arquivos de canil manti
Mais cruzamentos levaram até o Golden Retriever
dos na Guisachan.

Descendentes de Nous e Belle foram combinados com retrievers wavy (pêlo ondulado) flat-coated (pêlo liso) , com outro Tweed Water Spaniel e com um Setter vermelho. Marjoribanks manteve os filhotes amarelos (e alguns pretos) para dar continuidade à linhagem.



Alguns eram dados a amigos e parentes. Apesar de ser pouco conhecido fora dos ciclos pessoais, esses retrievers amarelos eram usados como cães de caça de cavalheiros. A capacidade de trabalho sempre foi destaque.

Primeiras aparições do Golden Retriever
Alguns Golden Retrievers, como conhecemos a raça hoje em dia, fizeram sua primeira aparição em exposições por volta de 1906, sendo mostrados como “Retriever - Wavy ou Flat Coated” na classe de “qualquer outra cor”. A raça foi oficialmente reconhecida pelo “The Kennel Club” em 1911 como “Retriever - Yellow ou Golden” e finalmente como “Retriever - Golden” em 1920. Alguns Golden Retrievers aparece



ram no Canada e nos EUA alguns anos antes de seu reconhecimento oficial pelos kennel clubs locais, Canada (1925) e EUA (1932).


E assim surgiu essa raça maravilhosa que nos conquista tanto hoje em dia.
( golden retriever brasil )

domingo, 24 de outubro de 2010

Reprodução dos cães - O acasalamento II


Mais uma vez , neste assunto , quero falar , agora , sobre o acasalamento.

Tivemos uma experiência , esta semana , com nosso Thorus e a linda Bela , onde devido à inexperiência dos dois demorou um pouco para a consumação do acasalamento. Mas , finalmente, deu certo e , provavelmente daqui há alguns dias teremos lindos " douradinhos ".
Quero compartilhar alguns cuidados , que devemos tomar antes do acasalamento.



Alguns cuidados devem ser tomados antes do acasalamento do seu animal:


· Você terá tempo disponível para cuidar da ninhada?

· Já se programou para os custos com assistência veterinária?

· Que destino será dado aos filhotes?


Conselhos úteis:


1. Procure um macho que tenha um tamanho igual ou não seja muito maior que a fêmea

2. A fêmea deverá ser submetida a uma avaliação veterinária antes do acasalamento

3. As vacinas deverão estar em dia

4. Um exame de fezes deverá ser feito, pelo menos um mês antes do acasalamento

5. Fêmeas muito jovens não devem acasalar. Só a partir do 3º cio.


O 1º cio das cadelas ocorre por volta do 6º ao 10º mês de vida. Algumas fêmeas só têm o primeiro cio ao completar um ano de idade.

O cio tem duração aproximada de 15 - 20 dias mas a fêmea só aceitará o macho a partir do 7º ou 8º dia do cio, dependendo do porte e idade da cadela .As maiores chances de fecundação ocorrem no 11º dia do cio. O acasalamento poderá ser repetido após 48 horas , para aumentar as chances de gravidez.

Algumas fêmeas não aceitam certos machos e algumas não aceitam nenhum macho.

É conveniente que os animais tenham um contato prévio antes do cio para que se familiarizem.

Isto facilitará a aproximação na fase de acasalamento.

Algumas fêmeas, se muito valentes, arredias, podem machucar o macho , outras tem medo ou sentem dor e não permitir a cobertura. Nestes casos é aconselhável o auxilio de um veterinário ou feita a inseminação artificial.
A ejaculação se dá por gotejamento , o que ocorre quando os cães ficam presos um ao outro ( nó ) e dura entre 10 a 20 minutos.
Após cerca de 30 dias pode ser feita a palpação , por um veterinário , mas o correto é que seja feito uma ultrasonografia para a confirmação da gravidez.


Importante: Os animais portadores de doenças transmissíveis geneticamente , como a displasia coxo-femural , deverão ser castrados para que não acasalem.

Animais com doenças sexualmente transmissíveis (Tumor de Sticker e Brucelose) também não devem acasalar.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Escolhendo um novo companheiro


Tomada a decisão de escolher um novo cãozinho , para lhe fazer companhia , por longos anos , é preciso levar em consideração algumas coisas:
A primeira delas , adotar ou comprar. Existem muitos cães , em abrigos , à espera de um novo lar . Cães que podem ser seus melhores amigos e te dar muitas alegrias. É muito importante pensar nesta possibilidade pois aqueles caezinhos são tão especiais quanto qualquer outro e, merecem uma oportunidade.
Se o desejo é por um filhotinho de raça , o primeiro passo é estudar as raças que mais agradam e saber a necessidade própria de cada uma. , saber suas origens e aptidões. Existem cães muito fofos como o lhasa apso , mas quase ninguém sabe que foram criados para serem de guarda, por isso vemos tantos animais desta raça agressivos e frustrados vivendo como bibelôs. Eu particularmente amo goldens , mas são cães que requerem muito exercício , cuidado, atenção e que são muito dependentes de companhia pra serem felizes.. Quando me perguntam como é criar um golden em apartamento , sempre alerto sobre isso e, tem a questão do pelo , soltam muito, mesmo tomando o maior cuidado.
Isso tudo é fundamental para tornar a convivência , entre animais e humanos mais agradável.
Quando for a hora da escolha , analise se você é uma pessoa que tem muita ou pouca energia. Ao primeiro contato com o novo amigo , se você tiver pouca energia , não gostar de exercícios , escolha o cão que estiver mais quieto e comportado perante os outros , este será um animal mais tranquilo , quando adulto. Não vá até ele , espere ele ir até você , mesmo que seja irresistível. Isso faz diferença , acredite .
Saiba como ter uma posse responsável , como já citei anteriormente..
Conheça , os pais antes de escolher o filhote, se for o caso e, veja se é isso mesmo que você quer. A chance de se parecer com os pais é bem grande.
Isso tudo é fundamental para tornar a convivência , entre animais e humanos mais agradável.

Aos poucos vou escrevendo mais sobre o assunto e lembre-se " ADOTAR É TUDO DE BOM "!

Boa sorte na escolha do novo amigo............

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Os 10 mandamentos da posse responsável de animais domésticos


Ter um animal de estimação é uma responsabilidade que pode durar anos. Antes de receber um cão ou gato em sua casa, reflita sobre os deveres de um dono responsável.

1. Antes de adquirir um animal, considere que seu tempo médio de vida é de 12 anos. Pergunte à família se todos estão de acordo, se há recursos necessários para mantê-lo e verifique quem cuidará dele nas férias ou em feriados prolongados.

2. Adote animais de abrigos públicos e privados (vacinados e castrados), em vez de comprar por impulso.

3. Informe-se sobre as características e necessidades da espécie escolhida – tamanho, peculiaridades, espaço físico.

4. Mantenha o seu animal sempre dentro de casa, jamais solto na rua. Para os cães, passeios são fundamentais, mas apenas com coleira/guia e conduzido por quem possa contê-lo.

5. Cuide da saúde física do animal. Forneça abrigo, alimento, vacinas e leve-o regularmente ao veterinário. Dê banho, escove-o e exercite-o regularmente.

6. Zele pela saúde psicológica do animal. Dê atenção, carinho e ambiente adequado a ele.

7. Eduque o animal, se necessário, por meio de adestramento, mas respeite suas características.

8. Recolha e jogue os dejetos (cocô) em local apropriado.

9. Identifique o animal com plaqueta e registre-o no Centro de Controle de Zoonoses ou similar, informando-se sobre a legislação do local. Também é recomendável uma identificação permanente (microchip ou tatuagem).

10. Evite as crias indesejadas de cães e gatos. Castre os machos e fêmeas. A castração é a unica medida definitiva no controle da procriação e não tem contra-indicações.

Cumprindos estes mandamentos , você terá seu melhor amigo , feliz e saudável ao seu lado , por longos anos...